Descrevendo meu relacionamento à distância PT.1

No geral, relacionamentos não são fáceis. Agora pensa num relacionamento à distância! Tudo é mais complicado. Você não consegue matar a saudade, só aprende a lidar com ela. Em algumas vezes você precisa de um abraço e não pode ganhar. Namorar um militar é ainda mais complicado, já que num relacionamento comum à distância você tem, no mínimo, o privilégio de ligar e mandar msg ao longo do dia, mas como o meu relacionamento não é lá muito comum, fico sempre à espera de uma ligação dele (ah, sim...elas nunca partem de mim, não dá pra ficar ligando, ele não anda com celular por lá) que, geralmente, acontece de madrugada (uns 3/5 minutos), depois do almoço (5 minutos) e de noite (20 minutos, em média). É tudo muito controlado, e às vezes quando eu mais quero falar e/ou ouvir a voz dele escuto a seguinte frase "Amor, tenho que ir, vou descer pra formar!" ou então "Amor, tô com sono, amanhã eu te ligo.". A gente também tem que aprender a ser mais controlada, tem vezes que dá vontade de chorar pq a saudade é grande, mas aí me esforço pra tirar aquela força lá de dentro que eu nem sabia que existia. 
É sofrido, árduo, mas quando a gente se reencontra, toda essa dor fica pra trás e vale muito a pena! Toda vez que ele retorna, eu (re)conheço um novo Vagner, às vezes mais ativo, outras vezes mais cansado, engraçado, mais sério. Lembro-me da primeira vez que eu o deixei lá na EEAR, deixei um Vagner assustado, um pouco triste, pesando aprox. 74kg, e 19 dias depois, busquei um Vagner abatido, cansado, com o olhar fundo, 8kg mais magro, doía só de olhar pra ele. Hoje em dia ele tá mais alegre, menos cansado, mas o olhar triste sempre volta na hora das despedidas, não tem como impedir.

Vou continuar falando na continuação, pra não ficar muito grande, rs.
Até a próxima.


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